domingo, 27 de novembro de 2011
Especiarias valiam mais que ouro?
Nos séculos XIV e XV, na Europa, as especiarias eram consideradas grandes riquezas - algumas valiam mais do que ouro!
As especiarias são diversos produtos de origem vegetal (flor, fruto, semente, casca, caule, raiz), que possuem aroma e/ou sabor acentuados. Elas eram (e ainda são) utilizadas na culinária como tempero e para a conservação de alimentos; e também na preparação de óleos, cosméticos, incensos e medicamentos. Os produtos mais apreciados e procurados eram a pimenta-do-reino, o açafrão, a canela, o cravo-da-índia, o gengibre, entre outros.
Eram produtos de luxo utilizados apenas pela nobreza. Quando o soberano de uma nação queria homenagear alguém, geralmente lhe mandava de presente especiarias. Seus vassalos saíam em cortejo levando em pequenas caixas as tão fabulosas e raras sementes vindas do Oriente
Na Idade Média, a pimenta-do-reino, por exemplo, tinha muito valor. Era usada para conservar os alimentos. Servia como prêmio aos vencedores de duelos e como moeda para pagamentos de impostos. Você podia imaginar que a pimenta-do-reino pudesse ter sido assim tão cobiçada? Foi a partir das Cruzadas que os europeus passaram a consumir especiarias vindas das regiões tropicais do Oriente. Como vinham de terras longínquas, trazidas em viagens perigosas e arriscadas, a procura era maior do que a oferta. Por isso, os preços eram elevados e somente os que eram muito ricos é que se davam ao luxo de comprá-las. Para atender a demanda por esses produtos, ampliou-se o comércio entre o Ocidente e o Oriente através da descoberta de novas rotas terrestres e marítimas. Essas rotas uniam não apenas a Europa internamente, mas esta à China e às Índias.
O comércio entre a Europa e o Oriente acontecia tranquilamente até 1435. Nesse ano, os turcos conquistaram Constantinopla e bloquearam as principais rotas comerciais dos europeus. Tentando solucionar esse problema, Portugal, seguido pela Espanha, organizou expedições para a exploração de rotas alternativas, através dos mares e oceanos, para o Oriente. Foi assim que o continente americano acabou sendo descoberto.
Com o estabelecimento de colônias no continente americano, as nações europeias introduziram nelas o plantio das especiarias asiáticas. As especiarias se tornaram mais acessíveis no mercado e ficaram, então, mais baratas.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
A História da Química:
Em 2011 Deus me concedeu a oportunidade de conhecer duas pessoas maravilhosas: Bruno e Rodrigo. Esses amigos são professores de química, e ao lado deles tenho passado bons momentos.Em homenagem a esses dois amigos, resolvi postar a História da matéria que eles tanto gostam, e de maneira brilhante tem ensinado aos alunos.
Magia negra - Dos tempos pré históricos ao início da Era Cristã:
Esta era uma era na qual as culturas Sumérias, Babilônica, Egípcias e Gregas estavam florescendo. Durante a maior parte deste período, o misticismo e a superstição prevalesceram sobre o pensamento científico. Nessa era, muitas pessoas acreditavam que os processos naturais eram controlados por espíritos, e que eles poderiam se utilizar de magia para persuadi-los a agir em seu favor. Muito pouco conhecimento químico foi conseguido, mas alguns elementos tais como o Ferro, Ouro e Cobre foram reconhecidos. Durante este tempo, os filósofos gregos Tales e Aristóteles especularam sobre a composição da matéria. Eles acreditavam que a Terra, Ar, Fogo e Água (alguns acreditavam em uma quinta substância conhecida como "quintessência", ou "éter") eram os elementos básicos que compunham toda a matéria. Pelo fim desta era, as pessoas aprenderam que o Ferro poderia ser conseguido a partir de uma rocha marrom escura, e o bronze poderia ser obtido combinando-se cobre e latão. Isso os levou a imaginar que se uma substância amarela pudesse ser combinada com uma mais dura, Ouro poderia resultar. A crença que o ouro poderia ser obtido a partir de outras substâncias iniciou uma nova era conhecida como Alquimia.
Alquimia - Do início da Era Cristã à metade do século XVII
Durante esta longa era, muitos alquimistas acreditaram que metais poderiam ser convertidos em ouro com a ajuda de uma "coisa" chamada "a pedra filosofal". Esta "Pedra filosofal" nucna foi encontrada, até onde se sabe, mas muitas descobertas de novos elementos e compostos foram feitas durante este período. No inísio co sédulo XIII, alquimistas como Roger Bacon, Albertus Magnus e Raymond Lully começaram a imaginar que a procura pela pedra filosofal era fútil. Eles acreditaram que os alquimistas poderiam servir o mundo de uma melhor maneira descobrindo novos produtos e métodos para melhorar a vida cotidiana. Isso iniciou uma corrente na qual os alquimistas pararam de buscar pela pedra filosofal. Um importante líder neste movimento foi Theophrastus Bombastus. Bombastus sentiu que o objetivo da alquimia deveria ser a cura dos doentes.
Ele acreditava que sal, enxofre e mercúrio poderiam dar saúde se combinados nas proporções certas. Este foi o primeiro período da Iatroquímica. O último químico influente nesta era foi Robert Boyle. Em seu livro: "O Químico Cético", Boyle rejeitou as teorias científicas vigentes e iniciou uma listagem de elementos que ainda hoje é reconhecida. Ele também formulou uma Lei relacionando o volume e pressão gos gases (A Lei de Boyle). Em 1661, ele fundou uma sociedade cient;ifica que mais tarde tornaria-se conhecida como a Sociedade Real da Inglaterra (Royal Society of England).
Química Tradicional - Da metade do século XVII ao meio do século XIX
A esta altura, os cientistas estavam usando "métodos modernos" de descobertas testando teorias com experimentos. Uma das grandes controvérsias durante este período foi o mistério da combustão. Dois químicos: Johann Joachim Becher e Georg Ernst Stahl propuseram a teoria do flogisto. Esta teoria dizia que uma "essência" (como dureza ou a cor amarela) deveria escapar durante o processo da combustão. Ninguém conseguiu provar a teoria do flogisto. O primeiro químico que provou que o óxigênio é essencial à combustão foi Joseph Priestly. Ambos o oxigênio e o hidrogênio foram descobertos durante este período. Foi o químico francês Antoine Laurent Lavoisier quem formulou a teoria atualmente aceita sobre a combustão. Esta era marcou um período aonde os cientistas usaram o "método moderno" de testar teorias com experimentos. Isso originou uma nova era, conhecida como Química Moderna, à qual muitos se referem como Química atômica.
Química Moderna - Da metade do século XIX até hoje
Esta foi a era na qual a Química floresceu. As teses de Lavoisier deram aos químicos a primeira compreensão sólida sobre a natureza das reações químicas. O trabalho de Lavoisier levou um professor inglês chamado John Dalton a formular a teoria atônica. Pela mesma época, um químico italiano chamado Amedeo Avogadro formulou sua própria teoria (A Lei de Avogadro), concernente a moléculas e suas relações com temperatura e pressão. Pela metade do século XIX, haviam aproximadamente 60 elementos conhecidos. John A. R. Newlands, Stanislao Cannizzaro e A. E. B. de Chancourtois notaram pela primeira vez que todos estes elementos eram similares em estrutura. Seu trabalho levou Dmitri Mendeleev a publicar sua primeira tabela periódica. O trabalho de Mandeleev estabeleceu a fundação da química teórica. Em 1896, Henri Becquerel e os Curies descobriram o fenômeno chamado de radioatividade, o que estabeleceu as fundações para a química nuclear. Em 1919, Ernest Rutherford descobriu que os elementos podem ser transmutados. O trabalho de Rutherford estipulou as bases para a interpretação da estrutura atômica. Pouco depois, outro químico, Niels Bohr, finalizou a teoria atômica. Estes e outroa avanços criaram muitos ramos distintos na química, que incluem, mas não somente: bioquímica, química nuclear, engenharia química e química orgânica.
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